quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sobre novas tendências políticas

 Segunda-feira, dia 18/jan, compartilhei uma postagem de um jornal local que trata sobre a nova direita (ver o link). Vi como importante a matéria porque trata de um amadurecimento da sociedade brasileira que depois de anos convivendo com a ditadura militar e sonhando com a democracia, não vislumbrava mudanças que não passasse necessariamente pelo campo das esquerdas. De fato, naquele contexto – com um regime político autoritário com apoio dos EUA que temiam um avanço do socialismo soviético na América Latina – qual luta contra o modelo teria que passar pela esquerda. O MDB – por exemplo – agregava várias tendências ideológicas em prol de abertura política. Os dois grandes partidos que vão se reestruturando, já a partir da “abertura lenta e gradual”, o PT e PSDB já vislumbram como partidos antagônicos, no entanto, suas referências de lutas políticas ainda era a consolidação de um novo sistema, neste caso a democracia.
Passados quase três décadas – embora muitos discordem – a sociedade mudou. Uma nova geração de brasileiros veem parte deste história pelos livros, filmes e documentários. Com essa crise política, o que temos é muito mais avançado política e institucionalmente do que tínhamos no passado. Mesmo com segmentos de uma impressa pouco comprometida em mostrar os dois lados da mesma história, não podemos legar que a liberdade de expressão alcançou seu ideal, por todas as alternativas que são possíveis. No passado àqueles que ousassem falar contra os interesses de determinados segmentos corria sério risco. Enfim, toda essa ampliação e consolidação da democracia tem sido saudável e nada mais natural, num Estado Democrático de Direitos que tenhamos grupos políticos de direita, de esquerda, de lado, de cima, de baixo, verde, azul, amarelo e, tantos outros que surjam na arena das lutas políticas.
Estou colocando isso, porque vejo como lamentável que algumas pessoas (ao que parece, ditas de esquerda) tenham deixado de falar comigo, num gesto muito semelhante ao que se fazia anos de 1964, quando encontravam alguém de “direita”. Tenho certo receio de grupos e/ou pessoas que se colocam como manipuladores da verdade e que propõe um único caminho. Tenho medo, inclusive, porque é isso que fazem os grandes ditadores – tanto da direita, quanto da esquerda. Vejo que muitos seguem bandeiras e cores, dando um status de fanatismos. Se o grande Líder disser: chora! Os seguidores choram, e por aí vai.
Aos que me repudiaram digo apenas que viver na democracia requer o respeito as posições que o outro assuma – isso em todos os níveis e graus da vida. No referente ao aspecto político, nada mais saudável que alternância de poder – respeitando (obviamente) as regras do jogo. Ao que me repudiam, digo que não estou disposto a ouvir, qualquer um dizendo o que é certo ou errado. Respeito suas posições e espero ser respeitado. Não trata entre ser verde ou azul, mas de mostrar perspectivas até, então, pouco conhecida em nossa realidade. E, como não sou político (partidário de nenhuma cor), não sou adepto da ideia de que os fins justificam os meios. Isso não é critério ético do qual me oriente. Graças a Deus!

OBS:
Ah! Antes que alguém venha argumentar que “nunca se fez tanto...”, digo que isto não tem nada a ver com políticas públicas.


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